Terapia como Construção Social
Compreender a terapia como construção social em oposição à visão tradicional da…
A qualidade das nossas vidas depende do cultivo e cuidado humanizado das relações que permeiam nossas histórias, seja a relação que temos com nós mesmos, com os outros, com as experiências que nos atravessam e tudo que nos rodeia.
Somos compostos pelas nossas experiências de vida marcada e permeada por relacionamentos (com os outros, com a gente mesma (o), com as experiências que nos atravessam e tudo que nos rodeia). No relacionamento terapêutico buscaremos identificar e compreender as demandas, desafios, dificuldades e problemas, eleger objetivos e construir um processo sob medida para cada pessoa.
O processo terapêutico traz diversos benefícios para a vida das pessoas. De uma maneira geral a terapia:
De uma maneira específica, o espaço terapêutico terá uma importância diferente para cada pessoa. Construir esses entendimentos e significados faz parte do processo. Separei alguns momentos terapêuticos que ilustram a rica diversidade de possibilidades sobre a experiência do processo terapêutico:
Sinto como se agora eu tivesse uma companheira para remar no barquinho comigo. Às vezes a gente rema, rema, rema em meio a tempestades e acha que nunca vai conseguir sair de lá. Que não vai dar pé. Até que, em algum momento, o sol volta a aparecer, conseguimos visualizar terra, lá onde queríamos chegar. Aí a gente entende o porquê das coisas e que tudo se encaixou como era para ser, tudo é processo. E celebramos.
Nossa comunicação era muito problemática. Tentávamos conversar, mas só brigávamos, nos machucávamos. A terapia foi um lugar em que nos sentíamos seguros para falar , pois sabíamos que a conversa seria mediada com zelo e cuidado. Aprendemos a nos comunicar e nos relacionar de outras formas. Aprendemos um sobre outro, sobre a gente e sobre o relacionamento
É como se eu tivesse só vivendo, seguindo o fluxo, sem perceber muito as coisas e isso acabava me colocando em situações ruins. Na terapia, é como se a gente pudesse pegar esse filme, pausar, rebobinar, dar zoom, olhar de novo com novos olhares. Ampliar entendimentos e horizontes, e isso me permitiu ter outras formas de agir nas situações com as pessoas. Eu me tornei mais protagonista e diretor desse filme
Eu nunca tinha feito terapia antes e a cada encontro me surpreendo com os caminhos que vamos percorrendo. Me sinto como a pilota do meu processo e ter uma co-pilota me acompanhado faz toda diferença. É incrível como uma pergunta certa, no momento certo, me faz querer puxar coisas tão importantes, me ajuda a pensar, perceber e acessar lugares que eu nunca havia imaginado.
“Sermos acompanhados tem sido muito importante para a nossa relação. Ao longo do processo superamos muitas barreiras e várias coisas hoje já sabemos como lidar. Mas a vida está acontecendo e os desafios nunca acabam. Quando saímos dos trilhos, tudo desanda. Chegamos na sessão perdidos, no escuro, e é como se a Fabi tivesse uma lanterninha (terapeuta como guia na comunicação e construção de processos relacionais) para ir nos ajudando a caminhar. Ela entra no túnel escuro com a gente, e com a lanterninha conduz o encontro de um jeito que aos poucos conseguimos ir saindo desse túnel. Depois de muito caminhar a gente finalmente enxerga uma luz lá no fim e tudo vai ficando mais claro”.
“Eu sentia muitas mágoas, ficava acumulando em caixinhas, remoendo rancor, até chegar em um ponto insustentável. É como se a coleta de lixo não estivesse conseguindo passar no coração para limpar, abrir espaço. Foi um processo de entender como acontece os meus processos e poder fazer alguma outra coisa com isso. Em vez de só acumular tudo em caixinhas cheias de rancor e ficar remoendo, vivi outras opções como digerir algumas coisas em vez de só ruminar. Reciclar outras, jogar fora algumas que não me servem mais. As coisas foram mudando”.
Comecei a terapia em um momento em que me perdi de mim mesma. Tinha me abandonado ao colocar outra pessoa no centro da minha vida. Viver o processo terapêutico para mim foi como se na medida em que caminhávamos e eu ia reconhecendo e entendendo as coisas, sentia como se estivéssemos aprofundando minhas raízes. Cada vez mais profundas para dar sustentação ao que estava brotando, nascendo, crescendo até ficar uma árvore grande e majestosa, com os frutos que eu queria colher. Eu precisava me parir de novo.
“Tem vezes que a nossa relação fica confusa e caótica. O que um fala ou faz chega para o outro atravessado, machuca, incomoda. Parece que vai se formando um monte de nós difícil de desatar. Qualquer coisa que eu fale parece que vai piorar a bola de nós, então me calo. Mas ao me calar, a bola de nós continua crescendo. No espaço terapêutico que construímos sinto que a perspectiva de cada um é acolhido de modo que a gente se sente seguro para falar. E a forma como a Fabi escuta e desenrola o que entendeu, chega para mim de outra forma. E me convida a me posicionar de outra forma também. Consigo me posicionar de forma mais empática, por exemplo. O que era difícil enquanto estava doendo ou me sentindo mal compreendido. Ao final de cada sessão saímos com vontade de melhorar, colocar em prática tudo o que construímos no encontro, por ter feito sentido”.
“Um dos momentos importantes da terapia foi quando eu realmente entendi que eu não precisava, nem teria como eu resolver tudo sozinha. E sentir que eu tinha com quem contar. É claro que se tivessem me dado esse conselho, teria passado batido, como frases de autoajuda. Sinto que eu vivi um processo para que alguma chave dentro de mim pudesse virar”.
“Eu ligava muito para o que as pessoas diziam sobre mim e acreditava de primeiro. Isso me machucava muito. No momento que eu entendi que as pessoas tinham acesso a uma parte muito limitada de mim e da minha vida, consegui me libertar. Só eu sei o que é ser eu e os motivos que me levaram a agir de uma forma e não de outa. Depois disso eu nunca mais comprei de primeira qualquer coisa que digam sobre mim. Não deixo de escutar e avaliar, mas isso não me machuca mais. Sinto que finalmente me apropriei de mim, de quem eu sou”.
Destinado a pessoas que buscam dissolver conflitos e atender demandas através do autoconhecimento, buscando desenvolver recursos e potencialidades que estejam alinhados com a sua realidade e necessidades.
Destinado a casais que buscam dissolver conflitos através do diálogo, colaboração e ampliação de novas possibilidades. Nesta modalidade o foco do processo é o relacionamento entre o casal.
Destinado a familiares que buscam dissolver conflitos através do diálogo, colaboração e ampliação de novas possibilidades. Nesta modalidade o foco do processo é a relação familiar
A partir da demanda da empresa (escolas, empresas, instituições, etc.), será construído um projeto, seguido de uma proposta e a aplicação das etapas.
Você já se perguntou como seria possível melhorar sua vida e encontrar mais felicidade e equilíbrio emocional? O processo terapêutico pode ser a resposta para essas questões. Ao buscar ajuda profissional, é possível se beneficiar de diversas formas, tanto no aspecto emocional quanto no físico. Conheça três dos principais benefícios que o processo terapêutico pode proporcionar.
O processo terapêutico pode ajudar a aumentar a autoestima, auxiliando no desenvolvimento da autoconfiança e da autoimagem positiva, o que reflete em uma vida mais saudável e feliz.
O processo terapêutico é uma excelente ferramenta para o tratamento de transtornos mentais como a depressão, ansiedade e estresse. Além disso, a terapia pode ajudar a prevenir problemas mentais e emocionais.
O processo terapêutico pode ajudar no desenvolvimento pessoal e na melhoria da qualidade de vida, proporcionando maior autoconhecimento, capacidade de lidar com desafios e aperfeiçoamento das habilidades interpessoais, o que reflete em relações pessoais e profissionais mais saudáveis e satisfatórias.
Um relacionamento terapêutico é, antes de qualquer outra coisa, um relacionamento humano. Quem somos e quem nos tornamos a cada dia envolve e é envolvida por relacionamentos que permeiam nossas experiências e histórias de vida. De todas as demandas que recebo na clínica, nenhuma nasceu sem um contexto e uma história marcada e costurada por relacionamentos. Somos povoadas por muitas pessoas, vozes e corações.
Meu compromisso é compreender como ser uma boa terapeuta para cada pessoa, de modo que eu possa melhor acompanhá-la em seus desafios e aventuras. Me dedico a desenvolver essa habilidade sensível e refinada para perceber como participar daquela relação que se constrói e se reconstrói a cada movimento, para irmos de encontro ao que cada pessoa busca e precisa. Sintonizar com as necessidades que se apresentam de modo que ressoe com nossas importâncias.
Convido cada pessoa a se colocar no protagonismo de seu processo e da sua vida, do qual eu tenho o prazer e o privilégio de ser convidada a participar em uma posição colaborativa, construindo pontes e encontrando caminhos para seguirmos em busca do que queremos, cuidando daquilo que for importante.
Caminharemos juntos para alcançar seus objetivos e superar seus desafios. Você não precisa viver isso sozinho(a). Todos merecem ser bem acompanhados e viver a vida que desejam.
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